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Bebê morre em hospital e mãe registra boletim de ocorrência na Paraíba.
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À reportagem da TV Paraíba, a delegada Nercilia Dantas, da delegacia de homicídios de Campina Grande, disse que é precipitado afirmar a causa da morte antes da realização da perícia no corpo do bebê. Além disso, a polícia também confirmou que uma investigação sobre o caso só será aberta quando o laudo pericial tiver um resultado.
O g1 entrou em contato com o Hospital de Trauma de Campina Grande, que informou que o bebê foi transferido para a unidade em estado gravíssimo, em choque séptico, com hematoma extenso e lesão na região da coxa direita. Ao chegar no hospital, o paciente foi levado para UTI pediátrica e iniciado protocolo contra o choque séptico, que é resultado de uma infecção.
O Hospital informou ainda que como o bebê chegou em estado gravíssimo e não respondeu satisfatoriamente as medidas, a morte dele foi constatada posteriormente.
A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional da cidade de Monteiro para saber o posicionamento da unidade sobre a denúncia da mulher, mas até o momento de publicação dessa matéria não obtivemos retorno.
Morte de bebê após injeção
Em depoimento prestado para as autoridades, a mãe de Anthonny Ravi Neves do Nascimento disse que no dia 23 de setembro levou o bebê para o Hospital Santa Filomena, porque a criança apresentava sintomas de febre, já que estava na época do nascimento dos primeiros dentes.
Chegando na unidade hospitalar, foi aplicada uma injeção de um composto conhecido como dexametasona diretamente na coxa, que é utilizada para aliviar inflamações e tratar alergias e asma. Após a utilização do remédio, o bebê foi liberado para voltar para casa.
Segundo relato da mãe, no entanto, o filho piorou o estado de saúde nos dias seguintes da aplicação do medicamento e, no dia 26 de setembro retornaram para o Hospital Santa Filomena, onde foram realizados exames e, com a piora no estado do bebê, foi protocolado a transferência para o Hospital de Trauma de Campina Grande.
No dia 27 de setembro, Anthonny Ravi foi conduzido para o Trauma e, um dia depois, morreu, por volta das 4h30. A mãe da criança realizou o boletim de ocorrência em Campina Grande e, em João Pessoa, fez o pedido para que houvesse a realização do exame cadavérico.
O diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande, Márcio Leandro, informou que somente o Instituto de Polícia Científica em João Pessoa é capaz de realizar o exame cadavérico no corpo do bebê, já que a morte não teria sido oriunda de uma causa violenta após uma primeira análise. Como na cidade só são feitas análises em casos de morte violenta ou suspeita disso, o corpo da criança foi transferido para realização de perícia na capital paraibana. g1