Mossoro
Corteja da Liberdade celebra os 140 anos da Abolição da Escravatura em Mossoró.
Após três dias de apresentações teatrais e uma programação bastante cultural, a Festa da Liberdade 2023 será encerrada hoje, 30 de setembro, com o tradicional Cortejo da Liberdade. O desfile cívico-militar será iniciado a partir das 18h, e sairá da Praça dos Esportes, na avenida Rio Branco, em direção à Estação das Artes Elizeu Ventania.
Neste ano, o Cortejo deve ressaltar os momentos marcantes da história de Mossoró, como os 140 anos da Abolição dos Escravos, Motim das Mulheres, Primeiro Voto Feminino e a Resistência ao Bando de Lampião. O desfile tem como tema “As Quatro Estações”, em homenagem ao ator e bailarino Nylson Torres (in memoriam).
Além disso, o tema do desfile deste ano tem o objetivo de contar a história de luta e liberdade do povo mossoroense. Ao todo, serão 50 alas e seis carros alegóricos e, aproximadamente, 5 mil pessoas estarão envolvidas neste evento que promete ser bastante cultural e celebrativo.
Conforme a programação, o Cortejo da Liberdade será iniciado com o desfile cívico, que contará com a participação da Banda Sinfônica Municipal Artur Paraguai entoando o Hino Nacional. Na sequência, a Rede Municipal de Ensino ocupará o Corredor Cultural. Logo após, será a vez da Fanfarra Independente de Mossoró.
Em seguida, passam pela Avenida Rio Branco os alunos da Escola do Serviço Social da Indústria (SESI); Colégio Cívico Felipe Camarão; Rede Estadual de Ensino; Grupos dos Escoteiros; Associação de Bombeiro Civil, Brigadista e Socorrista de Mossoró e Região; Desbravadores e Aventureiros; Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania e Lojas Maçônicas.
Na sequência, será iniciado o desfile militar com a equipe do o Tiro de Guerra 07-010. Também estarão na avenida ex-atiradores (veteranos do TG); 2º Batalhão de Polícia Militar; 12º Batalhão de Polícia Militar; Pelotão Ambiental da PM: 2ª Companhia Independente de Policiamento Rodoviário Estadual (CIPRV); Corpo de Bombeiros Militar; Guarda Civil Municipal e Agentes Municipais de Trânsito.
Percorrem o Corredor Cultural, de forma motorizada, o 2º e o 12º BPM, 2º CIPRV, Corpo de Bombeiros, Agentes Municipais de Trânsito, Defesa Civil, Polícia Civil, Departamento Penitenciário Estadual, Departamento Penitenciário Federal, Polícia Rodoviária Federal e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Carros alegóricos serão usados durante o desfile cultural do Cortejo da Liberdade
Organizado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME) e Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESDEM), o Cortejo da Liberdade traz, além do desfile cívico-militar, muita cultura para a Avenida Rio Branco. Com seis alegorias, o momento do desfile destinado para a cultura de Mossoró deve ocorrer logo após a entrada dos militares.
A programação para este momento é a seguinte: carro abre-alas “As Quatro Estações” em homenagem a Nylson Torres; Motim das Mulheres; Mulheres com Panelas; Filhos Recrutados; Soldados Opressores; Abolição dos Escravos; Resistência ao Bando de Lampião; Voto Feminino; Mulheres com Voto; Celina Hoje e Auto da Liberdade 2023, totalizando seis carros alegóricos.
Encerrando o Cortejo da Liberdade, o desfile comemorativo contará com grupos de capoeira e Kung Fu; Federação Norte-rio-grandense de Bicicross; Escola Oficial do Fortaleza Esporte Clube; Secretaria Municipal de Esporte e Lazer; Escola de Música e Artes Daulino Lima, finalizando com os grupos de quadrilhas juninas de Mossoró e grupos carnavalescos de Mossoró.
Data homenageia todos os que participaram do processo de abolição da escravatura
Desde o dia 13 de setembro de 1913, quando foi decretado como feriado municipal, o dia 30 de setembro passou a ser o dia da maior festa cívica comemorada na cidade de Mossoró. O objetivo da data é homenagear todos que participaram das lutas pela abolição da escravatura.
De acordo com os documentos históricos, diferente dos outros municípios brasileiros, Mossoró foi pioneira na libertação. Todo o processo foi concluído cinco anos antes que o restante do país fosse contemplado por meio da chamada Lei Áurea, que decretou a ilegalidade da escravidão no território nacional.
Os dados informam que o povo mossoroense foi o primeiro, entre os norte-rio-grandenses, a fazer campanhas sistemáticas pela liberação dos seus escravos. Os registros históricos mostram ainda que Mossoró não era uma cidade escravocrata. Em 1862, eram apenas 153 escravos, em meio a uma população de 2.493 habitantes, totalizando 6,137% de toda a população. Por Amina Costa