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Grupo que planejava v1ngança em João Dias é posto em liberdade; População teme o pior, enquanto a polícia entra em alerta máximo
Um grupo com dez homens que foi preso ostentando 13 armas de fogo, incluindo fuzis, no mesmo dia da morte do prefeito João Dias, Marcelo Oliveira, foi posto em liberdade na última semana. Para a Polícia Civil, os homens formam uma MILÍCIA PRIVADA (veja aqui) e estavam se preparando para vingança.
De acordo com a Polícia Civil, mensagens captadas pela investigação apontaram que o ex-chefe de gabinete José Jair de Oliveira, irmão do prefeito e apontado chefe da milícia privada que se preparava para vingar a morte de Marcelo Oliveira, seu irmão, negociava armas de fogo de diferentes calibres.
Ainda de acordo com o trabalho minucioso da Polícia Civil, Marcelo Linhares, que hoje é o presidente da Câmara Municipal de João Dias, foi interceptado nessas conversas e nelas mostrava interesse em trocar o seu armamento, uma pistola calibre 380 por um Revólver Magnum com calibre .357, de uso restrito.
Em uma segunda conversa interceptada entre José Jair e Marcelo Linhares, é possível registrar o pedido de um “pente”, termo usado para quem se refere a um carregador de arma de fogo, o que segundo a Polícia Civil, reforça a tese de envolvimento do ex-chefe de gabinete da prefeitura com venda de armas.
Em um vídeo que circulou na imprensa, Helena Oliveira, esposa de José Jair, reforçou que o marido estava acompanhado de nove pessoas, todas armadas, ratificando as informações da investigação que apontaram Milícia Privada, no entanto, segundo ela, a justiça não acatou o que dizia o inquérito policial.
“Eles foram acusados de formar uma Milícia Privada, mas a acusação não se sustentou. O Ministério Público, da Vara Especializada em Natal, arquivou a acusação e o processo volta novamente para Alexandria, só que quando o processo volta, o MP de Lá substituiu a acusação por Associação Criminosa”.
No vídeo postado pelas mídias no dia 17 de fevereiro, há exatos 33 dias, Helena questionou a falta de evidências concretas e pediu uma revisão do caso, afirmando que “seu marido é inocente e que sua prisão é injusta”. Coincidência, ou não, José Jair de Oliveira foi posto em liberdade na semana passada.
O trabalho ponderado dos delegados à frente desse caso foi crucial para o desfecho, e elogiado por críticos da segurança pública. Inúmeras vidas foram poupadas, pois segundo o inquérito, a milícia planejava vingança, e isso poderia custar vidas, inclusive de inocentes. Agora, o risco volta a ficar alto.
DELEGADO E SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO RN ESCLARECEM PRISÕES
SUSPEITOS DA MORTE DO PREFEITO CONTINUAM PRESOS
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), as quatro pessoas acusadas pela morte do prefeito foram denunciadas pelo MP. Segundo a Tribuna do Norte, o processo está em segredo de justiça, contudo advogados estão tendo acesso a trechos do processo.
SUSPEITO ENCONTRADO MORTO
O corpo de um homem, suspeito de envolvimento no assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, foi encontrado por policiais militares e identificado por policiais civis durante o fim da manhã de sábado (26) em Antônio Matins, cidade da região Alto Oeste do Rio Grande do Norte.
De acordo com os policiais da 76ª DP , o corpo encontrado já estava em avançado estado de decomposição e pertence possivelmente a Josenildo Martins, homem de 31 anos conhecido como “Zinho”, suspeito de ser um dos executores do crime. Ele teria sido alvejado durante o atentado e se refugiado na mata, onde seu corpo foi localizado. A identificação foi feita através de um documento de identidade encontrado com o corpo.
Moradores disseram ao blog Jair Sampaio que há homens da Deicor e outras forças policiais em João Dias. Nesta terça-feira, 25, é esperado o julgamento desse grupo, que mesmo em liberdade, deve comparecer à audiência marcada pela justica.
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