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Portugal faz eleições legislativas ‘antecipadas’ neste domingo, e extrema-direita tem chance de integrar novo governo
Há apenas um ano, Portugal tinha um dos governos mais sólidos e estáveis da Europa, formado por maioria absoluta, uma raridade nos sistemas parlamentaristas do continente. Os anos de crise financeira profunda e da chamada “geringonça” –o pacto inédito entre socialistas, comunistas e esquerda radical em 2015 – haviam ficado para trás.
Bastaram alguns meses, no entanto, para a instabilidade voltar a tomar conta do país: em novembro, o primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, renunciou —após o Ministério Público anunciar que ele era investigado em um caso de corrupção. Só que, semana depois, o próprio MP reconheceu que havia errado; o acusado não era o primeiro-ministro, mas sim um homônimo. A renúncia fez Portugal antecipar as eleições, que só aconteceriam em 2026.
É nesse cenário que, neste domingo (10), cerca de 10,8 milhões de eleitores de Portugal voltam às urnas nas eleições legislativas —em meio à possibilidade de que a extrema direita passe a fazer parte pela primeira vez de um novo governo no país.
Dois partidos despontam como favoritos para conquistar o maior número de cadeiras no Parlamento, mas nenhum tem maioria absoluta.
g1